Julgo estar em condições, passado um mês, de escrever um pouco do que se passou em Paredes de Coura, edição 09. Sendo assim e olhando para trás, as minhas recordações são boas..dias quentes, noites frias, banhos de água fria, boa cerveja e óptimos concertos, e, claro, o convívio com os amigos. Quanto aos concertos, que é o que interessa, o grande vencedor vai mesmo para o diabólico concerto dos Franz Ferdinand que foi sem margem para dúvidas arrebatador e com um final electrónico que me fez lembrar a "Blue Monday" dos New Order. Os restantes cabeças de cartaz também estiveram a um bom nível com a nota menos positiva para Patrick Wolf, resultava melhor num palco principal. Os Nine Inch Nails, de quem não sou admirador, e continuo a não ser, tenho que reconhecer que deram um concerto poderoso e bem marcante. Os The Hives chegaram-me a enervar, o vocalista fala de mais, ele próprio o reconheceu, é verdade, mas seria perfeito sem tanto palavreado no intervalo das músicas. Ainda assim, quando tocavam era incrível o poder rock que imprimiam às suas guitarras.
Outros concertos de que gostei, a minha memória recorda: Sean Riley And The Slowriders, surpreenderam-me pela positiva pois não conseguia ouvi-los durante dois segundos, e, sinceramente, ao vivo gostei. The Temper Trap, foi o meu melhor inicio de tarde dos 4 dias..energético e com óptimas canções que levaram ao rubro as poucas pessoas que estavam presentes, com um significativo aumento durante a actuação. The Horrors, gostei imenso..música sombria e misteriosa num concerto que se enquadrou muito bem com o fim de tarde. Os Blood Red Shoes também deram um bom concerto..com nota bastante positiva para um baterista de enorme qualidade. Peaches , sem dúvida dos concertos mais divertidos que tive a oportunidade de assistir até à data..boas malhas e mulher com barba na benta. The right ones, foram umas das boas surpresas desta edição, não os conhecia e fiquei a gostar..deram um concerto bem dinâmico. Por fim, Jarvis Cocker, deu um elegante concerto, por vezes explosivo e emocionante.
São estas as minhas memórias de PDC 09, uma edição que, na minha opinião, CUMPRIU.