sábado, dezembro 31, 2011

BALANÇO::::2011




















Este foi um ano sem grandes álbuns, na minha opinião. Houve boa música, houve discos e bandas a ter em conta. Ainda assim, não se conseguiram atingir discos de qualidade para mais tarde se recordar.
Vamos esperar que 2012 seja um ano mais rico.

Apesar de tudo, houve alguns discos que gostei de ouvir e que me acompanharam bastante ao longo deste ano de 2011.
Eis eles..

10 DISCOS:

CANT///"Dreams come true true"
É a estreia de Chris Taylor a solo. Considero-o um músico. Neste álbum mostra um excelente sensibilidade para ambientes densos e sensuais. Canções como "Too Late, Too Far, "Believe" ou "The Edge" provam que ritmos tribais misturadas com excelentes linhas de baixo e teclados electrónicos, podem ser a salvação de uma alma.

CUT COPY: "Zonoscope"
Talvez um dos discos mais esquecidos de 2011. Os Cut Copy voltaram aos discos depois do aclamado "In Ghost Colours". Na minha opinião, e como gosto da banda, os Cut Copy parecem-me mais virados para sons próximos de uma Blue Monday dos New order ou de uns Stone Roses de Fools Gold. A voz por vezes, ironicamente, faz-me lembrar Brayn Ferry..o que no geral tem a sua graça. Falando mais em concreto, este, é um disco mais ritmado e coerente quando o vemos de inicio ao fim. Tem mais vitima e dream pop feito de guitarras nervosas, sendo a exploração sonora um dos caminhos bem conseguidos até ao momento pelos Australianos.

DEATH IN VEGAS : " trans love energies"
Um dos álbuns mais assombrosos deste ano. Difícil qb. As electrónicas são profundas, as vozes penetrantes e negras. As excelentes canções, "Coum" ou "Lightnin Bolt", são disso exemplo.

JOAKIM///"nothing gold"
Não tem nada que enganar. É seguir a direcção que diz "percam-se por aí". Teclados estranhos, batidas dançantes e ritmos conduzidos por uma voz quente. "In the cave" consegue provar.

M83///"Hurry up, We are dancing"
Trata-se de um álbum duplo recheado de canções pulverizadas por ingredientes dos anos 80. Não tem que enganar a receita. Contudo, nem sempre os melhores cozinhados são os mais originais. Neste caso, a receita já foi inventada..apenas se acrescentou a alma e o talento do cozinheiro. O resultado não mais do que um conjunto de boas canções de electro-pop.

METRONOMY///"The English Riviera"
Um dos acontecimentos do ano. A presença de um novo baixista trouxe a capacidade de revolucionar por completo a matriz da composição da banda. As canções estão mais carnais e intimistas, tudo porque há excelentes linhas de baixo e teclados à moda antiga.

PART TIME///"What Would You Say?"
É de realçar projectos que ainda se inspiram nas electrónicas e na pop. Part Time é exemplo de alguém que explora sons e batidas vindas da década de 80. As canções têm uma roupagem simples. Os sintetizadores são um dos elementos mais fulcrais, a voz parece preguiçosa e ritmo é dançante em jeito de Slow Motion.

THE DRUMS///Portamento
Segundo trabalho de originais, "Portamento", conseguiu superar a difícil tarefa do segundo disco. Canções mais negras que o anterior trabalho e com algumas pinceladas electrónicas que só ficaram bem. Momentos como "Searching for Heaven", "If He likes let him do it", "In the cold" ou "I dont Know how to love" são um escape para viajar dentro da paixão.

THE HORRORS///Skying
"I Can See Through You ", foi das canções que mais me impressionou este ano. É a 3º do disco e destaca-se pela sua velocidade e vontade rock. Este é o verdadeiro disco pop da banda alguma vez feito. Tem canções, tem oxigénio e algum copy paste..mas sabe bem!

THE RAPTURE///In the Grace of Your Love
O novo álbum dos The Rapture traz a banda no seu registo mais directo e à base de pianos orelhudos. Deixamos de ouvir o rock dançante underground nova iorquino para passarmos a ouvir um som mais virado para uma pista de dança ao ar livre e de preferência perto da praia. Há ainda espaço para alguns registos rock contagiantes e sonhadores como em "Sail Away".


CONCERTOS:

Battles::Paredes de Coura, 2011.
Blonde redhead::Paredes de Coura, 2011.
Death From Above 1979 :::Paredes de Coura, 2011.
Mogwai::Parede de Coura, 2011.
Linda Martini:::Optimus D´bandada. Porto, 2011.

FILMES,2011

BLUE VALENTINE, Derek Cianfrance.
CARLOS, Olivier Assayas.
DRIVE, Nicolas Winding Refn.
HOMES DE NEGOCIO, John Wells.
INDOMÁVEL, Joel Coen e Ethan Coen.
MEIA NOITE EM PARIS, Woody Allen.
SANGUE DO MEU SANGUE, João Canijo.
THE FIGHTER, David O. Russell.

3 comentários:

Breites disse...

Excelente balanço, Zonoscope é capaz de ter sido o meu preferido do ano... em contrapartida fiquei um pouco desiludido com o dos The Rapture.
Faltou-me ouvir os CANT, vou começar este ano por ai ;)
abraço e um grande 2012!

playlist disse...

Viva Breites!

Os The Rapture dividiram quem os acompanha. Eu não o acho uma obra-prima. Mas não me desiludiu. E compreendo as opiniões que não gostam.

Um bom 2012 para ti. Com muita música tb:).

Um Abraço.

Planeta Pop disse...

Boas escolhas, independentemente de gostar mais ou menos de alguns dos discos que elegeste.

Abraço